sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Palavras


Palavra,
Significados multiplos seguidos de sentimentos posteriores me vem a cabeça por pensar em ti.

As palavras me fogem ao tentar defini-las. Imagino que é como nós, seres humanos, não conseguimos nos auto definir, e as palavras também não. Ou talvez meu vocabulário não seja tão rico ao ponto de dessecar e encontrar todos os significados que eu quero em letras de tantos segredos. 
Mas penssando bem, nem o quero!  Porque definir algo que basta sentir?
O delicioso das palavras é o poder da interpretação.
O poder do ponto de vista.
É saber que até nas palavras nós temos o poder da escolha.
Escolhemos qual usar, escolhemos como interpretar.
E escolhemos a cada esquina, a cada nova rua e novo bar, quais serão as palavras ditas e escutadas, boas ou ruins, que levaremos em nossa vida até que não façam mais sentido, ainda que na memória como uma lembrança fria por não poder ser vivida novamente.
E definir é limitar, e a palavra é algo que realmente não se limita.
A graça disso tudo é que nós a domamos e mesmo assim são elas que nos dominam.
Por isso me encanto!
Me encanto com sua sonoridade, com seu silêncio, com seus sorrisos e com seus olhares. Me encanto com o poder que elas regem sobre nós.
Por tudo isso e mais eu escrevo sobre você hoje, minha querida companheira de todos os dias.

A palavra estará em mim até quando tudo acabar dentro de nós.

Júlia Rena

Só mais um gole de máguas




- Ignorante de sentimentos! Louca!

Ele ousava dizer-me ser ignorante com aquele seu vocabulário chulo e hipócrita. Me julgava insana por meu descaso de viver. Fred sempre tão frio que me dava náuseas.E o que ele saberia dizer sobre mim? Sabe apenas meu nome, a rua onde moro e um fato qualquer contado pela vizinhança. Levei à boca o resto de uísque que havia em uma garrafa envelhecida pelo o tempo guardada em um armário antigo de madeira ao canto esquerdo da grande mesa e uma sensação de poder me atingiu ao sentir o álcool rasgar minha garganta como o fogo em chamas dançantes. Mas não me importava, logo o efeito passaria e minha velha melancolia retornaria, talvez ainda mais forte. Olhei para Fred e vi seus lábios voltarem a se mexer freneticamente, mas não me preocupava em ouvir, estava ocupada de mais pegando mais uma cerveja gelada para esconder meus fracassos. Peguei e sentei novamente no banco de madeira ao lado da mesinha já cheia de latas de cerveja manchadas por meu batom vermelho vinho, com minhas digitais desesperadas para o próximo gole.
Assim seguia... Sempre com os mesmos movimentos voltados para o álcool e sempre com a mesma sede inssasiavel.
E quando pensei que Fred havia desistido de argumentar, escutei novamente sua voz tão irritante ao meus ouvidos!
- Quer parar de beber?
Minha resposta saiu com uma sonoridade estranha e embriagada, que nem eu mesma entendi.
- Sabe de uma coisa? Eu tenho é pena de você! - Disse ele gritando e enfatizando a palavra pena, como se isso fosse me atingir de alguma forma.
 Bufei com impaciência. Já não bastava todos os ressentimentos que eu sentia por mim mesma? Ainda precisava que as pessoas sentissem-as por mim? Não! Obrigada, não preciso de seus pesamos. Sei da escolha que fiz; pensei com raiva. Mas também não me importava se estava triste, com raiva, ou com ódio. Nada mais fazia sentido. A única coisa que me proporcionava sensações boas era o álcool durante esses meses. Era o meu refúgio temporário. Por isso escolhi estar ali naquele lugar até o meu coração decidir parar de pulsar, nao queria me refugiar temporariamente, porque tinha medo de cair no óbvio, tinha medo que a realidade faminta de vida me engolisse tortuosamente. Então escolhi permanecer inerte.
Uma ultima tragada em meu cigarro de palha e uma lágrima escorreu em minha face, as curvas de meu rosto fizeram com que ela escorregasse para meus lábios e ai eu senti o salgado gosto amargo da consequencia.
- Por favor Fred, não perca seu tempo! Vá buscar uma cerveja, que você estará fazendo algo útil. - Disse ríspidamente em tom sarcástico escondendo as lágrimas, tentando manter o timbre de voz menos embriagado.


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Júlia Rena

domingo, 5 de dezembro de 2010

Por favor clareza, abra a porta!

Mas que tolice a minha!
Refém de meus própios pensamentos, presa em minhas própias conclusões que nunca se formam.
Me explodo por falta de paciência!
Sou um passarinho aparentemente forte, mas no momento fraco.
Um passarinho que ama sua liberdade, e por ama-la tanto assim vai perdendo-a aos poucos.

Mas minha cabeça não para de rodar,
são pensamentos e pensamentos importunos que não deveriam me importunar.
Peço mil vezes para esperar!
Esperar minha mente decidir parar de pensar!

Quero ao menos uma vez agir com o coração e esquecer da razão!
Ou se não junte-as! Façam andar juntas!
Opostos dispostos!
Quero o equilibrio que tanto falo! Que tanto preso!

Quero um dia de clareza
Quero tentar entender a mim mesma ao menos um terço do que não compreendo
Quero pelomenos uma vez não pensar no que é certo e no que é errado.

Se isso for muito, quero ao menos que meus sentimentos sejam vividos com mais claresa,
quem sabe assim consigo enxerga-los melhor e fazer com que tudo isso tome o rumo que nós tanto queremos.

Quero poder fazer valer a pena.

Júlia rena

sábado, 20 de novembro de 2010

Tudo em Harmonia

A chuva viera me trazer um leve sorriso teu,
onde as árvores dançavam sincronizadamente
ao ouvir o estralo nem agudo nem grave das gotas de chuva quebrando contra o chão.
Sua voz tocava suavemente meus sentidos deixando-me arrepiada.
Em teus braços acolhedores havia uma segurança sem igual,
e em teus labios um gosto único, nem doce feito mel, e nem salgado feito o mar.
A lua como sempre estava linda, plena e divina. Seu mistério envolvia-se ao nosso.
Seu brilho quase se igualava ao brilho dos olhos negros e serenos que me fitavam naquele momento.
O vento soprava harmonia.
Mas os ponteiros não pararam, o relogio não foi obediente.
Até parece que voaram.
O tempo passou rápido, como em um piscar de olhos.
E não podiamos ficar lá até o fim da eternidade.
Mas se pudesse eu estaria (...)

Espero que agora o tempo seja mais paciênte, e que o nosso relógio não tenha ponteiros.

Júlia Rena

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Canção da Liberdade!



Milhares de pessoas se encontram pelas ruas do país,
descalços ou não caminham em diferentes direções.
Correm, andam, engatinham, rastejam, ou se imobilizam contentando-se com o comodismo do cotidiano, satisfazendo-se com a desgastada inércia.

Gritos de vários tons circulam as almas do povo brasileiro.

São pessoas!
Pessoas cantando desafinadamente, descendo montanhas em seus ritímos descontrolados, violinos desafinados, violões sem cordas, flautas sem sopro, percuções sem som, corpos sem almas.

E um grande anúncio estampado no auge da urbanização dizia: "OS HUMANOS JÁ NÃO SÃO HUMANOS. INICIA-SE A GUERRA!"

A multidão que vinha do alto das montanhas crescia cada vez mais. Eram monstros. Monstros que atacavam uns aos outros, que feria seu próprio solo a procura de seu ego. Todos estavam cegos, cegos da ignorância e da falta de compaixão, cegos ao ponto de não sentir.

O que eles não sabiam, era que outra multidão vinha de baixo para cima.

Ao verem uma bandeira erguida no maior dos montes do povo desconhecido, gritos de terror, medo, insegurança, tristeza e desespero alcançaram o mundo.
E eles, como consequencia ficaram surdos dos seus próprios gritos.

A bandeira brilhava à luz do Sol, enfatizando suas cores, o sopro da esperança veio com o vento e fez com que ela dançasse com leveza.
Os humanos que à ergueram, eram aqueles que não se deixaram levar pela insanidade irracional e que lutaram para subir até o topo.

Já os monstros cegos e surdos por seus atos enfrentavam-se desvairdamente, trombando uns com os outros embriagados de sí mesmos, caíam e não conseguiam se levantar, corriam sem direção e tropeçavam em abismos que eles haviam criado. Estavam em uma grande teia que teceram com as próprias mãos.

- O que é isso? - Alguém gritou. - Podem ouvir? -

A gritaria recomeçara.
Mas não conseguiam se comunicar; estavam surdos mas não sabiam.

- Porque ninguém fala comigo? OOOU? você ai? Não estou enxergando, mas sei que tem alguém ai! FALA COMIGO! não escuta? TA OUVINDO ESSA MÚSICA? -

Do outro lado, no topo da montanha, aquela multidão segurando a bandeira cantava alto. E agora sim! Agora sim o violão havia cordas, o violino estava afinado, a flauta tinha sopro, a percussão tinha som e o corpo tinha alma.
O que aqueles surdos estavam dizendo era que no momento em que a harmonia chegou eles foram capazes de sentir. Até mesmo os monstros sentem, só não haviam reconhecido isso.

Mas a melodia não acabava com o passar do tempo, então se renderam. Renderam ao profundo desejo de viver que sempre tiveram.

Em um segundo, todos os corpos pararam de se enfrentar. Os que haviam sobrevivido se curvaram em um movimento de reverencia ao Brasil e assim ficaram até que voluntariamente, se ergueram e cantaram todos juntos, como uma grande nação o Hino Nacional.


"TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU, BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!
"


... O mundo agora escutava a canção de liberdade!


Júlia Rena

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Menina adormecida




Ao final de mais um dia,
meu corpo adormece em pensamentos lúcidos,
Minha alma nunca farta procura o beija flor que voa longe,
Minha falta de paciência me atordoa,
Aquela criança já não é mais a mesma,
Cadê a menina?
Sinto falta de sua inocência.
Cadê a menina?
Sinto falta de sua alegria e de sua tristeza.
Cadê a menina?
Sinto falta de seus sorrisos transparentes.
Cadê a menina?
sinto falta de seus sonhos e pesadelos.
Cadê a menina?
Sinto falta de sua presença em mim.
Ao final de mais um pôr do sol,
indignada por ter passado tão rápido, tenho raiva do tempo.
E ao início de uma noite de lua nova rendo-me a uma velha nostalgia de lembranças frias sem cores vivas.
Passaram-se horas que parecera segundos, avisto os primeiros raios de sol do dia e com uma grande sintonia nasce dentro de mim a sensação de que encontrei.

Hoje minha menina acorda junto ao sol.

Olhei em seus olhos refletidos nos meus e disse:

- Só mais um pedido para ti minha querida menina. Por favor mantenha-se acordada, e se for, eu lhe peço que volte.

Júlia Rena

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Paradoxo



instavelmente bem; o acaso.
Por acaso, caminho por ruas sem nomes, por cima de linhas. Linhas tortas no meu campo de visão.Mas talvez seja porque do lugar onde estou não consigo vê-las com clareza, ou talvez por meus olhos estarem ofuscados por uma luz, uma luz que derrepente pode ser eu mesma. Meus ombros pesam por nada. Ou quase tudo. Minhas pernas andam sem forças por ruas asfaltadas, construídas por homens. Aaah, mas quando ando por terra firme, ai me sinto em casa, sinto forças que não sei dizer. Apenas sinto. Mas momentos como estes duram pouco.
Novamente coloco meus sapatos de chumbo e vou andando,mesmo com tantas dores, com tantos pesos desnecessários que não me evitam a fadiga. Não consigo descarregar-me. Mas junto ao chumbo, carrego comigo coisas boas que me fazem feliz pregadas em mim, carrego também a esperança de que retornarei à estrada de terra, e me deslumbrarei novamente com tanta beleza. Poderei andar descalço, sentindo a maciez de terras tão fertéis em meus dedos, poderei saborear o doce do mel, poderei me libertar de mim mesma ou encontrar a mim mesma.
Mas para minha vida ter graça, quero voltar ao asfalto quando quiser. Quero me perder no tempo se for preciso, quero que o tempo me esqueça, quero criar o meu própio relógio. Um relógio sem ponteiros.
Mas não é um desalento de viver. Só que de supetão me veio um friúme sem fim.
Por isso desabafo. Desabafo à minhas próprias palavras.
Abancado na estrada de terra que fui à algum tempo, reflito.
Olho infinitamente para o céu, vejo estrelas que formam milhares de constelações, e uma lua sorrindo para mim. Uma lua que me mostrava o mesmo brilho e o mesmo mistério que havia avistado um dia em um olhar afavél na rua de asfalto que me acalmara e me fizera bem, muito bem.
Quero poder voltar e encontra-lo com o mesmo olhar, o mesmo sorriso e o mesmo timbre de voz.
Se não ocorrer de lhe enxergar novamente, quero ao menos encontrar a luz nessas ruas escuras. A luz que um dia você me passou. Bohemia era a cor de sua luz. Mas há também os vagalumes que iluminam caminhos escuros em dias claros.
A lua continua sorrindo para mim, um sorriso sem igual apreciado pela alma de quem sente. Sorrio tolamente ao me ver apaixonada. Apaixonada por seu misterioso brilho.
Mas a tempo não há correspondência.
Então encontro o amor próprio, e a luz que tanto procurava estava lá.


E todos os dias na grama do jardim admiro a linda lua e fico feliz por sermos amigos, mas ainda sim sinto uma leve contradição trival.

Porém, muito obrigada Lua.

Júlia Rena

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Questione-se


Perguntas vieram até mim, ou eu fui até as perguntas.
Anteontem mergulhei no desconhecido e quando abri os olhos estava no mesmo lugar.
O mundo me deixava confusa.
Ontem mergulhei novamente nessa escuridão e encontrei respostas.
Milhares de respostas incertas era o que existia no meu campo de visão. Mas qual era a verdade? deveria existir apenas uma resposta. Não?
Queria ir além. Além do que os olhos me permitiam enxergar.
Essa ânsia de saber o sentido das coisas me consumia cada dia mais.
Eram perguntas e mais perguntas, dúvidas e mais dúvidas que me deixavam aflita.

Então fui percebendo que não precisava de todas as respostas. Algumas coisas temos que simplesmente aceitar, não nos acomodar, e nunca parar de buscar. consegue compreender?
Descobri que questionar não é ruim, nos faz crescer. Mas acredito que a excessividade das coisas também nos fazem mau, até mesmo perguntas. Temos que nos permitir. As vezes os nossos questionamentos nos impedem de deliciarmos nossos momentos como 'deveriam ser', pois questionamos tanto que esquecemos do mais importante, esquecemos de viver.

Continuo questionando, o que acho que deve ser questionado. As perguntas continuam a fazer parte dos meus dias, a ânsia continua, só que com algumas diferenças. O equilíbrio está maior, e apesar de não ter respostas certas, consigo compreender melhor essas perguntas que me invadem sem licença, e dessa forma consigo viver em paz.

A sós criei força.

E para aqueles que não vêem sentido no questionamento pois acham que questionando não chegarão à lugar algum, deixo meu recado...

pensei assim por algum tempo, admito. E creio que foi necessário. Mas uma coisa posso lhe dizer, sem meus questionamentos eu seria pouco. Muito menos do que sou. Questionando fui mais longe do que poderia imaginar, pois não encontrei respostas exatas, mas várias para acreditar. E além disso, encontrei valores, encontrei conhecimento.

Por isso com palavras de esperanças, desejo ao mundo que não parem de questionar. Apesar de penssar que digo isso à um grande vacuo.

E em quanto isso, vou voando em busca de um equilíbrio maior, enquanto parasitas alojam em minha alma. Parasitas estes que chamo de perguntas.


Hoje a minha ânsia é de ter novas perguntas e não respostas.

E só mais um lembrete: Abrace a vida! Aproveite os momentos pois "viver ultrapassa qualquer entendimento"!

Júlia Rena

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sem nome.

O medo estava presente,
Ângulos de formatos estranhos era o que via.
Não esclarecia.
Confundia-me.
Meu olhar estranhamente indiscritivel guardava um mistério que nem eu sei.
Lágrimas não sei de que, escorriam em meu rosto.
...Passado, presente, futuro...
Meus olhos castanhos tão pequenos diante de tudo isso, mostrava-me perdido.

Mas as lágrimas agora me caem como a chuva, limapando minha alma, minha mente.
Nesse momento ângulos imperfeitos é o que vejo.
Que de tão imperfeitos são perfeitos.
O alívio toma conta de mim.
Estou agora em frente ao espelho, diante de mim mesma, feliz por perceber (...)


Júlia Rena

Qurendo voar

Como escolher entre uma flor e outra?
À dias meu coração bate cada vez mais veloz.
Os passarinhos cantam, as árvores dançam, os sapos pulam mas os rios secam, as estrelas somem, e os racionais se tornam irracionais.
Minhas asas batem ansiosamente querendo voar, mas não saem do lugar.



Júlia Rena

domingo, 10 de outubro de 2010

O mundo grita cada vez mais!



- Socorro!!



fome, guerra, aquecimento global,egoísmo, desigualdade social, preconceito, falta de fé, mentira, violência, maldade, exploração infantil, intolerância, aborto, drogas, hipocrisia, individualismo, terrorismo, ódio, desmatamento, materialismo, assédio moral, poluição.

E me preocupa saber o que será do mundo, quando ele não tiver mais forças pra lutar.

___


- Mas e você? Em que acreditas?
- Acredito na esperança!
- Mas só na esperança?






"A união faz a força!"


Júlia Rena

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Ela não SAP quem eu sou, ela não fala minha língua!"

- E onde está a verdade?
- Que verdade?
- A verdade oras!
- Não há apenas uma verdade...
Mas creio que as esconderam por detrás daqueles anúncios.






* " Enquanto pessoas perguntam porque, outras pessoas perguntam porque não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder, e o poder é informação.
Qualquer palavra satisfaz. A garota o rapaz, e a paz quem traz tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário, e a festa é um perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de múrmurio, de anestesia. O sistema é nervoso, e te acalma com a programação do dia, com a narrativa. A vida ingrata de quem acha que é noticia, de quem acha que é momento. Na tua tela querem ensinar fazer comida à uma nação que não tem ovo na panela, que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto! - Fernando Anitelli"




Tente se informar bem antes de sair como um alto falante reproduzindo tudo o que a mídia diz.



Júlia Rena

domingo, 3 de outubro de 2010

Shhhhhi...



- Não gritem eles só escutam o que querem...

- Ahh! E não se esqueçam, o silêncio as vezes fala mais alto.


Júlia Rena

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O elo de Buda

Rosa flor, brota e cresce , transparece o amor universal. Doura a flor de sabedoria espiritual sobre o plano material. Flor azul, deixe que a mente tenha poder sobre o corpo e não permita que ocorra o contrário.
Agora abra a porta, veja além do obvio, sinta a janela abrindo, não se preocupe se a luz reflete. Veja também o lado ocidental e oriental. Não seja como os chineses, que tem dificuldade de abrir os olhos. Vá às cachoeiras da zona franca de Manaus. Mergulhe em seus pensamentos e em seu próprio espírito. Vá até a rua e plante uma flor de todas as cores no asfalto. Vamos pensar em bulhufas, bolhas que explodem da explosão cadente de uma estrela que colide com as orbitas dos planetas. Você esta dentro de uma panela de pressão, tenha desejos para poder explodi-la de calor humano.Forme, transforme, e reforme você está em transe com o seu calango mental. Saia dessa vida banal, seja anormal. O normal não nos satisfaz.

Não é necessário que faça sentido e nem que você ache legal.
Dedicado à um dia loucamente louco.

Júlia Rena e Mariana Caporali

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

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As mãos geladas e o coração aquecido,
avó viúva mesmo que nunca teve nenhum filho,
abandonada tristemente, acusada de insanidade.
Mas loucos são eles.
Aqueles que tem as mãos quentes mas o coração frio, frio, quase gelo.

Uma casa fechada, trancada, vazia, lhe espera para que possa torna-la cheia de vida novamente.
Mas como poderia enche-la de vida, se sua vida estava quase morta.
morta de esperança.
Seria isso uma vida? trancafiada por abandono?
A música tocava fundo para Lurdes, em seus olhos havia um brilho, um brilho que não reconheço. Tristeza ou uma esperança que lhe resta talvez... ou não.

Em minha frente havia alguém que não falava e não andava, mas que podia escutar e sentir a vibração da música melhor que muitos outros seres.
E eu percebi que a música também a tocava profundamente,
lágrimas escorriam em sentimentos.
As expressões nem sempre eram boas,
mas consigo me lembrar bem dos sorrisos depois de uma melodia.

Em um quarto, havia quatro homens, um cumprimento os deixou admirado.
Eles queriam atenção, queriam carinho e compreensão.
Beijaram minhas mãos em troca de um beijo. Então assim, beijei-lhes as mãos e mais uma vez havia ali um sorriso.

Nos corredores idosos andavam as vezes doentes e quase sempre abandonados, gritavam, choravam, riam por desespero.

A tristeza era nítida naquele lugar. Por isso a vontade de estar lá. a vontade de dar algumas horas, alguns minutos ou até mesmo segundos de atenção e carinho para assim sentirmos junto a eles, que nem tudo está perdido, que há esperança, e que há felicidade.



Júlia Rena

sábado, 11 de setembro de 2010

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Um passo. Dois passos. Três passos.
- Cheguei.
- Não, não cheguei. Estou apenas à três passos do que se foi.


(Não é necessário que entendam)



Júlia Rena

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sonhe

Neste texto eu falo um pouco sobre um livro que eu li chamado "Como Viver Eternamente"

A única certeza que os seres humanos podem ter é que iremos morrer um dia. Mas Sam sabia que este dia estava próximo. Um garoto de 11 anos, com Leucemia que não deixava de sonhar. Sam era um sonhador. Acima de tudo um sonhador. Sonhava alto, e acreditava em si mesmo. Encarava a morte com naturalidade e inocência, não tinha medo dela, tinha medo do que poderia perder em quanto estivesse aqui. Queria viver... Viver intensamente. Viver como se cada segundo fosse o ultimo, mas sem pressa, apenas intensamente, para que pudesse valer a pena. Sam não perdia o desejo nas coisas, e nem o de sonhar em como seria quando estivesse aos 30 anos de idade sendo um cientista famoso. Quando fizesse as coisas que adolescentes fazem. Como seria ao bater um recorde mundial, nem que seja da menor discoteca do mundo dentro de um guarda-roupa. Como seria ver vários filmes de terror para maior de 18 anos. Ou de subir as escadas rolantes que descem, e descer as escadas rolantes que sobem. Ou até mesmo de ir à lua e ver a terra lá de cima. Lembro-me bem de uma parte do livro em que dizia que Sam acordara no meio da noite. Ele, percebendo que a energia da cidade tinha acabado pegou a lanterna e foi até o quintal de sua casa, com muito esforço subiu em uma de suas árvores preferidas, apagou a lanterna e reparou no céu. As estrelas estavam mais nítidas e brilhantes do que nunca com todas as luzes da cidade apagadas. Aquilo era maravilhoso para Sam. O seu sonho foi concretizado. E isso foi uma coisa que me surpreendeu. Ele percebeu que não precisava do extraordinário, não precisava ir à lua. O que estava diante de seus olhos já era o bastante, o bastante para ele se sentir realizado. O simples para ele era o extraordianário. Sam conseguia enxergar a beleza da simplicidade. O que muitas pessoas recusam. Pessoas que passam por essas experiências, mas não vivem. Ignoram o que há de mais belo nesse mundo, o que vemos todos os dias mas que nem sempre reparamos.
Sam dava valor à vida, sabia aproveitá-la muito mais do que muitas outras pessoas que tem uma vida saudável e longa pela frente, realizou todos os seus sonhos, que na visão de algumas pessoas eram tão bobos, mas que para ele tinha uma importância enorme. Será que temos de ficar doentes para percebermos que não viveremos para sempre e que temos que aproveitar isso em quanto podemos? Temos que perder para ganhar? As vezes penso que sim.
Tente viver intensamente do seu jeito,com os seus valores, sinta-se bem, busque a felicidade, viva sempre com um ideal a seguir, sonhe. Isso para mim é viver eternamente. Nós vivemos em busca da felicidade. O que seriamos se não tivéssemos nossos sonhos e ideais a seguir? A única coisa que eu sei nesse momento é que nunca quero deixar de sonhar.



Júlia Rena

domingo, 25 de julho de 2010

Nunca quero deixar de sentir.

Sinto a calma novamente perparssar por mim, e permanecer, quando a música brasileira soa maravilhosamente dentro do meu simples e frágil coração. Sinto a energia de viver nesta cidade agitada que é Brasília. Sinto a paz me envolver ao sentir as lindas cachoeiras de Biribiri. Me encanto ao andar por Diamantina, em suas ruas de pedras, apreciando todas aquelas casas coloniais que guardam tantas histórias e segredos. Sinto uma paz grande de mais, uma paz que me faz aceitar mas não acomodar, uma paz que me faz sonhar, acreditar, inssistir,perssistir, faz-me abrir a mente para novas idéias e opiniões. Debocho-me. Como era tola, como não enxergava o que esteve o tempo todo diante de meus olhos. Só sabia que queria extrair de tudo aquilo que via, tudo aquilo que sentia e não sentia. Meus olhos se enchiam de pura beleza natural, de pura admiração, era uma vista simples mas nada havia de mais belo, de mais puro. Sentia o vento bater em meu rosto trazendo toda a calma e levando consigo toda insanidade. Me senti previlegiada por estar viva e por poder enxergar tudo aquilo. Me senti como um espirito livre apaixonado pela vida.



Júlia Rena

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Flor de luz

Em nossos dias escuros há um raio de sol, um raio de sol que não condiz com a nossa pressa, com nossas agonias, com nossas dúvidas. Há uma calma que não condiz em minha alma.O sol entra sem permissão, me invade. E tudo fica mais claro, minhas pupilas dilatam, e eu sou obrigada a enxergar o que antes de alguma maneira eu 'recusava'. Meus olhos se enchiam de pura admiração. Estava em um jardim, o jardim mais belo. Beija flores, flores de maracujá, Joãos de barros da determinação, e uma garotinha montada em um cavalo também se encontrava lá com um girassol em suas mãos, um girassol da cor dos seus cabelos . Olhei curiosa, observei, não saberia dizer se era mesmo uma garotinha ou uma mulher, pois demonstrava uma confiança enorme diante de mim, parecia-me que todas aquelas belezas naturais que se encontravam naquele lugar tão desconhecido era um reflexo, um reflexo daquela garota montada em cima daquele grande cavalo. Uma energia positiva me alcançava, e lá estava eu, com os poros abertos, disposta a sentir. Minha alma deslocava meu corpo em direção à garotinha. E percebi que na medida que ia me aproximando, ela deixava cada vez mais de parecer uma garotinha, o seu físico ia mudando rapidamente, descontroladamente e a energia do jardim acompanhava a mudança. Quando cheguei ao seu lado, a garotinha se tornara uma mulher, e me demonstrava ainda mais confiança, ainda mais garra e determinação. Ela olhou para mim sorrindo, entregou-me o girassol em minhas mãos e disse: “o mais importante é um espírito forte.”
Sem perceber não estou mais naquele lindo jardim. Eu era novamente uma criança com aparência de 5 anos de idade, o vento batia suavemente no tecido leve do meu vestido preferido, e eu corria. No meu campo de visão só havia girassóis, um céu puro e muito azul, e uma estrada na qual eu seguia sem parar, segurando aquele girassol em minhas mãos. Qual era o objetivo eu não sabia.Mas algo me dizia que aquilo tinha sim, um objetivo , sentia uma firmeza muito grande quanto a isso, estava mais que confiante em meus passos. Me sentia livre, livre, muito livre. Me sentia maravilhosamente bem. Respirava fundo, e a fragrância dos girassóis alcançavam meus sentidos. Meus poros se abriam novamente para novas experiências, para novos sabores. Minha mente também se abria às mudanças. E uma paz de espírito inexplicável me invadia. A liberdade vinha a tona. E eu corria mais ainda. Corria muito, sem parar, sem medo de cair. Queria arriscar. Queria chegar, queria alcançar. Mas era tão bom correr, tão bom sentir o vento bater em meu corpo deixando-o assim arrepiado, tão bom sentir o calor do sol nos aquecendo e iluminando, tão bom ver as estrelas todas as noites e a lua tão linda me guiando, tão bom ter um sonho ao qual seguir. Não queria mais parar de correr.
E novamente não estava mais correndo, não estava mais naquele lindo campo de flores. As minhas pálpebras se abrem contra minha vontade. Estou em minha cama deitada no meio de cobertores com ainda mais vontade de correr.

(Dedicado à uma amiga que eu admiro muito pela garra que as vezes ela desconhece, pela energia tão boa que consegue nos transmitir, pela simplicidade, pela pessoa que é. Beija flor, flor de maracujá, joão de barro da determinação, Flor de luz; Raquel Leal, obrigada por seus encinamentos que foram tantos.)



Júlia Rena

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si

Quando as pontas de meus dedos tocam em um teclado, a melodia suave alcança meus sentidos, meus olhos se fecham devagar, deixo-me levar facilmente pelo lindo som que minha alma consegue sentir, um som doce, delicado e suave que me faz sonhar, me sinto forte. sinto que sou capaz. voou para longe, aterriso em meus pensamentos, em minhas lembranças mau resolvidas, em lembranças que me fazem sorrir, nos motivos para viver, nos motivos para sonhar, nos motivos para acreditar.
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si ...
sinto a calma ao tocar essas notas, sinto uma felicidade interna inexplicavél ao senti-las soarem tão maravilhosamente dentro de mim.
cada dia em que às toco, escuto um novo som, um novo tom. e vejo que ainda há esperança, que ainda temos muito a viver, abro minha mente às mudanças, pois não sei qual som minha alma escutará amanhã, ainda hoje ou no segundo mais tarde, porque não será a mesma de agora, serão as mesmas notas, porém minha percepção daquela melodia será sempre outra, estará sempre renovada.
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá Si...
me sinto melhor, sinto a liberdade em minha alma, sinto a calma, vejo como vale a pena viver, e vejo como é bom estar aqui, por mais que algumas notas nesse mundo não soem bem em nossos ouvidos, em nossa alma, reparamos nas outras notas e vemos que há muita beleza, muita bondade que muitas vezes não reparamos.
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si ...


Júlia Rena

quinta-feira, 24 de junho de 2010

lembranças

Me lembro bem daqueles dias frios e chuvosos que minha mãe me fazia dormir, deitava em minha cama ao meu lado me deixando segura em seus braços. contava histórias com sua voz reconfortante tentando me fazer dormir. Mas nunca funcionava: Lá estava eu, viva como nunca, com os olhos brilhando, uma parte de mim queria fecha-los, a outra queria escutar e observar, escutar as palavras soaves e quase silenciosas, tentando decifrar uma por uma. eu gostava mesmo era de ouvir as histórias, eram quase sempre diferentes, as vezes as mesmas, mas não me importava. As histórias se repetiam mas todas as vezes eram com outras palavras, com outra sonoridade e a minha percepção era sempre outra. Ao invés de me fazer dormir, minha mãe caía no sono com suas próprias palavras, e eu tão pequena e inocente encolhida em seus braços calorosos, paralisada para que ela não acordasse e não saísse de perto de mim, tinha medo de perde-la.
Me lembro também dos dias em que ajudava meu pai a grampear as milhares de provas dos seus alunos, como me sentia importante, me senti útil, por estar grampeando folhas rabiscadas e corrigidas, meu pai sentado ao meu lado bebendo seu café e ao mesmo tempo dando certos e errados em todas aquelas folhas. E eu olhava, curiosa, sem entender a necessidade daquilo tudo, achava bonito e elegante o modo com que meu pai fazia seu trabalho, tentava imita-lo, pegava o café e bebia junto à ele ao mesmo tempo em que grampeava as folhas sem nunca esquecer de manter a postura. Queria ser igual à ele. Me perguntavam na escola: O que você quer ser quando crescer? eu dizia: quero ser igual ao papai. então eles me perguntavam: E o que o seu pai faz? eu olhava, pensava, mas sempre dava a mesma resposta: "Ele é meu PAI." e abria um largo sorriso.
Eu ia grampeando todas as folhas, mas o melhor vinha no final. quando acabava tudo eu entregava nas mãos de meu pai todas aquelas folhas grampeadas, mostrando-lhe que havia terminado meu 'trabalho'. Então eu percebia a gratidão em seus olhos, um sorriso com vontade se espalhava em seu rosto, então eu sorria também e me sentia mais uma vez útil e importante.
A lembrança é um dos bens mais preciosos que uma pessoa pode ter. Com minhas lembranças consigo voltar no tempo. não voltar, mas voar pelo tempo. minhas lembranças refletem muito no que sou hoje. e a saudade daqueles momentos maravilhosos me apertam fortemente, a vontade de voltar no tempo para modificar algumas coisas que foram feitas as vezes também aumenta. mas é passageiro, a vontade de agir no passado passa, e a gente lembra com outras lembranças que o que foi feito se foi e que não pode ser mudado, e o pensamento de que temos que aproveitar a vida agora vem a nossa mente. E o desejo de viver o hoje é maior do que a vontade de reviver o que se passou.



Júlia Rena

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Retrovisor





Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário

Letras, lados, lestes
O relógio de pulso pula de uma mão para outra e na verdade...
nada muda
A criança que me pediu dez centavos é um homem de idade
no meu retrovisor
A menina debruçando favores toda suja
É mãe de filhos que não conhece
Vendeu-os por açúcar
Prendas de quermesse
A placa do carro da frente se inverte quando passo por ele
E nesse tráfego acelero o que posso
Acho que não ultrapasso e quando o faço nem noto
O farol fecha...
Outras flores e carros surgem em meu retrovisor
Retrovisor é passado
É de vez em quando... do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde... próximo... seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu
Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu
O que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi... calçadas e avenidas
Deixa explícito que se vou pra frente
Coisas ficam para trás
A gente só nunca sabe... que coisas são essas

- Fernando Anitelli -


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Simplicidade



Como é bom colocar os pés na água da piscina olhando para o infinito que é o céu e ouvindo uma música que gosta, com o vento batendo em sua face e em seu corpo deixando-o assim arrepiado.

Como é bom mergulhar em uma piscina a noite depois de um dia quente e estressado onde a única coisa que existe é você, a água e o céu estrelado.
Como é bom ver o pôr-do-sol na areia fina da praia escutando Jack Johnson e sentindo toda aquela maresia percorrer por você.
Como é bom entrar no mar e deixar a água te levar em qualquer direção com aquela sensação de leveza e de alguma forma com uma gratidão enorme por estar ali naquele lugar, onde muitos sonham em estar.
Como é bom ver o sol nascer em cima de uma montanha... AAH... Isso realmente não tem como explicar, só sei que minha percepção de ver as coisas mudou muito depois disso, coisas que faziam uma tremenda importância, simplesmente não me importavam mais, e as coisas que pra mim não faziam sentido, passou de alguma forma a fazer parte de mim. E desde então passei a enxergar com outros olhos. Aquela vista, aquele verde das montanhas, o sol se pondo, com a lua do lado oposto desaparecendo aos poucos, e o dia clareando cada vez mais, montando assim; um conjunto de cores e mais cores; cores espetaculares. Cores que vemos muitas vezes em nosso dia-a-dia, mas que nem sempre reparamos.
Como é bom amar, ou melhor, ainda, se sentir amado.
Como é bom assistir à um filme numa tarde fria de domingo comendo um brigadeiro de panela com uma colher de madeira.
Como é bom se empanturrar de bolo de cenoura com cobertura de chocolate que só sua madrinha sabe fazer.
Como é bom ler um livro... Onde você pode se imaginar em várias situações, ou numa escola de magia e bruxaria, ou em um diário de algum personagem, ou nos campos de concentração, onde você se coloca no lugar de um judeu, e pensa duas, três ou mais vezes antes de dizer que sua vida não é boa. Ou em uma vida no século passado, onde os costumes e os deveres eram diferentes.
Como é bom sentir a música e cantar bem auto até suas irmãs aparecerem e reclamarem da sua falta de afinação.
Como é bom receber um abraço sincero.
Como é bom compreender e ser compreendido.
Como é bom ser reconhecido pelo seu esforço.
Como é bom ir embora da escola satisfeito com si mesmo por ter tirado proveito do que foi oferecido ou por ter entendido aquela matéria, em que antes você não sabia nada.
Como é bom deixar seus pais felizes, ou orgulhosos com um pequeno ato.
Como é bom encostar a cabeça no travisseiro sabendo que tudo o que deveria ser feito, foi feito. Deitar e relaxar sem se preocupar, fechar os olhos e deixar o sono bater.
As coisas mais simples da vida são as mais valiosas.
Mas muitas pessoas simplesmente se recusam a enxergá-las.
Júlia Rena