quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Menina adormecida




Ao final de mais um dia,
meu corpo adormece em pensamentos lúcidos,
Minha alma nunca farta procura o beija flor que voa longe,
Minha falta de paciência me atordoa,
Aquela criança já não é mais a mesma,
Cadê a menina?
Sinto falta de sua inocência.
Cadê a menina?
Sinto falta de sua alegria e de sua tristeza.
Cadê a menina?
Sinto falta de seus sorrisos transparentes.
Cadê a menina?
sinto falta de seus sonhos e pesadelos.
Cadê a menina?
Sinto falta de sua presença em mim.
Ao final de mais um pôr do sol,
indignada por ter passado tão rápido, tenho raiva do tempo.
E ao início de uma noite de lua nova rendo-me a uma velha nostalgia de lembranças frias sem cores vivas.
Passaram-se horas que parecera segundos, avisto os primeiros raios de sol do dia e com uma grande sintonia nasce dentro de mim a sensação de que encontrei.

Hoje minha menina acorda junto ao sol.

Olhei em seus olhos refletidos nos meus e disse:

- Só mais um pedido para ti minha querida menina. Por favor mantenha-se acordada, e se for, eu lhe peço que volte.

Júlia Rena

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