quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Menina adormecida




Ao final de mais um dia,
meu corpo adormece em pensamentos lúcidos,
Minha alma nunca farta procura o beija flor que voa longe,
Minha falta de paciência me atordoa,
Aquela criança já não é mais a mesma,
Cadê a menina?
Sinto falta de sua inocência.
Cadê a menina?
Sinto falta de sua alegria e de sua tristeza.
Cadê a menina?
Sinto falta de seus sorrisos transparentes.
Cadê a menina?
sinto falta de seus sonhos e pesadelos.
Cadê a menina?
Sinto falta de sua presença em mim.
Ao final de mais um pôr do sol,
indignada por ter passado tão rápido, tenho raiva do tempo.
E ao início de uma noite de lua nova rendo-me a uma velha nostalgia de lembranças frias sem cores vivas.
Passaram-se horas que parecera segundos, avisto os primeiros raios de sol do dia e com uma grande sintonia nasce dentro de mim a sensação de que encontrei.

Hoje minha menina acorda junto ao sol.

Olhei em seus olhos refletidos nos meus e disse:

- Só mais um pedido para ti minha querida menina. Por favor mantenha-se acordada, e se for, eu lhe peço que volte.

Júlia Rena

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Paradoxo



instavelmente bem; o acaso.
Por acaso, caminho por ruas sem nomes, por cima de linhas. Linhas tortas no meu campo de visão.Mas talvez seja porque do lugar onde estou não consigo vê-las com clareza, ou talvez por meus olhos estarem ofuscados por uma luz, uma luz que derrepente pode ser eu mesma. Meus ombros pesam por nada. Ou quase tudo. Minhas pernas andam sem forças por ruas asfaltadas, construídas por homens. Aaah, mas quando ando por terra firme, ai me sinto em casa, sinto forças que não sei dizer. Apenas sinto. Mas momentos como estes duram pouco.
Novamente coloco meus sapatos de chumbo e vou andando,mesmo com tantas dores, com tantos pesos desnecessários que não me evitam a fadiga. Não consigo descarregar-me. Mas junto ao chumbo, carrego comigo coisas boas que me fazem feliz pregadas em mim, carrego também a esperança de que retornarei à estrada de terra, e me deslumbrarei novamente com tanta beleza. Poderei andar descalço, sentindo a maciez de terras tão fertéis em meus dedos, poderei saborear o doce do mel, poderei me libertar de mim mesma ou encontrar a mim mesma.
Mas para minha vida ter graça, quero voltar ao asfalto quando quiser. Quero me perder no tempo se for preciso, quero que o tempo me esqueça, quero criar o meu própio relógio. Um relógio sem ponteiros.
Mas não é um desalento de viver. Só que de supetão me veio um friúme sem fim.
Por isso desabafo. Desabafo à minhas próprias palavras.
Abancado na estrada de terra que fui à algum tempo, reflito.
Olho infinitamente para o céu, vejo estrelas que formam milhares de constelações, e uma lua sorrindo para mim. Uma lua que me mostrava o mesmo brilho e o mesmo mistério que havia avistado um dia em um olhar afavél na rua de asfalto que me acalmara e me fizera bem, muito bem.
Quero poder voltar e encontra-lo com o mesmo olhar, o mesmo sorriso e o mesmo timbre de voz.
Se não ocorrer de lhe enxergar novamente, quero ao menos encontrar a luz nessas ruas escuras. A luz que um dia você me passou. Bohemia era a cor de sua luz. Mas há também os vagalumes que iluminam caminhos escuros em dias claros.
A lua continua sorrindo para mim, um sorriso sem igual apreciado pela alma de quem sente. Sorrio tolamente ao me ver apaixonada. Apaixonada por seu misterioso brilho.
Mas a tempo não há correspondência.
Então encontro o amor próprio, e a luz que tanto procurava estava lá.


E todos os dias na grama do jardim admiro a linda lua e fico feliz por sermos amigos, mas ainda sim sinto uma leve contradição trival.

Porém, muito obrigada Lua.

Júlia Rena

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Questione-se


Perguntas vieram até mim, ou eu fui até as perguntas.
Anteontem mergulhei no desconhecido e quando abri os olhos estava no mesmo lugar.
O mundo me deixava confusa.
Ontem mergulhei novamente nessa escuridão e encontrei respostas.
Milhares de respostas incertas era o que existia no meu campo de visão. Mas qual era a verdade? deveria existir apenas uma resposta. Não?
Queria ir além. Além do que os olhos me permitiam enxergar.
Essa ânsia de saber o sentido das coisas me consumia cada dia mais.
Eram perguntas e mais perguntas, dúvidas e mais dúvidas que me deixavam aflita.

Então fui percebendo que não precisava de todas as respostas. Algumas coisas temos que simplesmente aceitar, não nos acomodar, e nunca parar de buscar. consegue compreender?
Descobri que questionar não é ruim, nos faz crescer. Mas acredito que a excessividade das coisas também nos fazem mau, até mesmo perguntas. Temos que nos permitir. As vezes os nossos questionamentos nos impedem de deliciarmos nossos momentos como 'deveriam ser', pois questionamos tanto que esquecemos do mais importante, esquecemos de viver.

Continuo questionando, o que acho que deve ser questionado. As perguntas continuam a fazer parte dos meus dias, a ânsia continua, só que com algumas diferenças. O equilíbrio está maior, e apesar de não ter respostas certas, consigo compreender melhor essas perguntas que me invadem sem licença, e dessa forma consigo viver em paz.

A sós criei força.

E para aqueles que não vêem sentido no questionamento pois acham que questionando não chegarão à lugar algum, deixo meu recado...

pensei assim por algum tempo, admito. E creio que foi necessário. Mas uma coisa posso lhe dizer, sem meus questionamentos eu seria pouco. Muito menos do que sou. Questionando fui mais longe do que poderia imaginar, pois não encontrei respostas exatas, mas várias para acreditar. E além disso, encontrei valores, encontrei conhecimento.

Por isso com palavras de esperanças, desejo ao mundo que não parem de questionar. Apesar de penssar que digo isso à um grande vacuo.

E em quanto isso, vou voando em busca de um equilíbrio maior, enquanto parasitas alojam em minha alma. Parasitas estes que chamo de perguntas.


Hoje a minha ânsia é de ter novas perguntas e não respostas.

E só mais um lembrete: Abrace a vida! Aproveite os momentos pois "viver ultrapassa qualquer entendimento"!

Júlia Rena

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sem nome.

O medo estava presente,
Ângulos de formatos estranhos era o que via.
Não esclarecia.
Confundia-me.
Meu olhar estranhamente indiscritivel guardava um mistério que nem eu sei.
Lágrimas não sei de que, escorriam em meu rosto.
...Passado, presente, futuro...
Meus olhos castanhos tão pequenos diante de tudo isso, mostrava-me perdido.

Mas as lágrimas agora me caem como a chuva, limapando minha alma, minha mente.
Nesse momento ângulos imperfeitos é o que vejo.
Que de tão imperfeitos são perfeitos.
O alívio toma conta de mim.
Estou agora em frente ao espelho, diante de mim mesma, feliz por perceber (...)


Júlia Rena

Qurendo voar

Como escolher entre uma flor e outra?
À dias meu coração bate cada vez mais veloz.
Os passarinhos cantam, as árvores dançam, os sapos pulam mas os rios secam, as estrelas somem, e os racionais se tornam irracionais.
Minhas asas batem ansiosamente querendo voar, mas não saem do lugar.



Júlia Rena

domingo, 10 de outubro de 2010

O mundo grita cada vez mais!



- Socorro!!



fome, guerra, aquecimento global,egoísmo, desigualdade social, preconceito, falta de fé, mentira, violência, maldade, exploração infantil, intolerância, aborto, drogas, hipocrisia, individualismo, terrorismo, ódio, desmatamento, materialismo, assédio moral, poluição.

E me preocupa saber o que será do mundo, quando ele não tiver mais forças pra lutar.

___


- Mas e você? Em que acreditas?
- Acredito na esperança!
- Mas só na esperança?






"A união faz a força!"


Júlia Rena

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

"Ela não SAP quem eu sou, ela não fala minha língua!"

- E onde está a verdade?
- Que verdade?
- A verdade oras!
- Não há apenas uma verdade...
Mas creio que as esconderam por detrás daqueles anúncios.






* " Enquanto pessoas perguntam porque, outras pessoas perguntam porque não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder, e o poder é informação.
Qualquer palavra satisfaz. A garota o rapaz, e a paz quem traz tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário, e a festa é um perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de múrmurio, de anestesia. O sistema é nervoso, e te acalma com a programação do dia, com a narrativa. A vida ingrata de quem acha que é noticia, de quem acha que é momento. Na tua tela querem ensinar fazer comida à uma nação que não tem ovo na panela, que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto! - Fernando Anitelli"




Tente se informar bem antes de sair como um alto falante reproduzindo tudo o que a mídia diz.



Júlia Rena

domingo, 3 de outubro de 2010

Shhhhhi...



- Não gritem eles só escutam o que querem...

- Ahh! E não se esqueçam, o silêncio as vezes fala mais alto.


Júlia Rena