sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Palavras


Palavra,
Significados multiplos seguidos de sentimentos posteriores me vem a cabeça por pensar em ti.

As palavras me fogem ao tentar defini-las. Imagino que é como nós, seres humanos, não conseguimos nos auto definir, e as palavras também não. Ou talvez meu vocabulário não seja tão rico ao ponto de dessecar e encontrar todos os significados que eu quero em letras de tantos segredos. 
Mas penssando bem, nem o quero!  Porque definir algo que basta sentir?
O delicioso das palavras é o poder da interpretação.
O poder do ponto de vista.
É saber que até nas palavras nós temos o poder da escolha.
Escolhemos qual usar, escolhemos como interpretar.
E escolhemos a cada esquina, a cada nova rua e novo bar, quais serão as palavras ditas e escutadas, boas ou ruins, que levaremos em nossa vida até que não façam mais sentido, ainda que na memória como uma lembrança fria por não poder ser vivida novamente.
E definir é limitar, e a palavra é algo que realmente não se limita.
A graça disso tudo é que nós a domamos e mesmo assim são elas que nos dominam.
Por isso me encanto!
Me encanto com sua sonoridade, com seu silêncio, com seus sorrisos e com seus olhares. Me encanto com o poder que elas regem sobre nós.
Por tudo isso e mais eu escrevo sobre você hoje, minha querida companheira de todos os dias.

A palavra estará em mim até quando tudo acabar dentro de nós.

Júlia Rena

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