A chuva viera me trazer um leve sorriso teu,
onde as árvores dançavam sincronizadamente
ao ouvir o estralo nem agudo nem grave das gotas de chuva quebrando contra o chão.
Sua voz tocava suavemente meus sentidos deixando-me arrepiada.
Em teus braços acolhedores havia uma segurança sem igual,
e em teus labios um gosto único, nem doce feito mel, e nem salgado feito o mar.
A lua como sempre estava linda, plena e divina. Seu mistério envolvia-se ao nosso.
Seu brilho quase se igualava ao brilho dos olhos negros e serenos que me fitavam naquele momento.
O vento soprava harmonia.
Mas os ponteiros não pararam, o relogio não foi obediente.
Até parece que voaram.
O tempo passou rápido, como em um piscar de olhos.
E não podiamos ficar lá até o fim da eternidade.
Mas se pudesse eu estaria (...)
Espero que agora o tempo seja mais paciênte, e que o nosso relógio não tenha ponteiros.
Júlia Rena
Os sentidos sempre fracionam nossas palavras, neles encontramos o deleite a abundancia que nos fazem viajantes com destino ao paraíso. Que os raios se façam nas surpresas dos arrepios, que os trovões ressoem nos sussurros incontidos e que o sol seja a chama que explode e nunca se apaga...
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