segunda-feira, 2 de maio de 2011

Espinhei o mel

Quebro esse computador com as mãos,
e faço de cada nuvem uma estadia,
de cada gota uma morada,
de cada pássaro um conhecido,
de cada abrigo um ninho,
e de cada rosa, viva ou morta sou uma parasita se espetando em espinhos,
mas de cada flor sou uma abelha deixando um pouco do seu mel, e roubando um pouco do seu polém.

Júlia Rena

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